quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Servidores do Poder Judiciário param as atividades em todo o Estado


Os trabalhadores do Tribunal de Justiça paralisaram as atividades nesta terça-feira, 31, após várias horas de negociações frustradas com a administração superior do TJ. Trinta por cento do total de serventuários foi mantido em seus postos de trabalho, mas a greve tem adesão forte na capital e no interior.

Uma nova negociação está agendada para a próxima quinta-feira, 02, e, dependendo das propostas apresentadas pelo TJ, a categoria pode encerrar o movimento na sexta-feira, 03 . O presidente do sindicato, Leoson Gurgel, admite sérias dificuldades de acordo nas cláusulas financeiras. “Há uma certa intransigência em garantir direitos líquidos e certos, mas percebo que a categoria está bastante unida. Nossa arma é a greve”, afirmou.

O tribunal propõe elevar o piso salarial da categoria, mas esse aumento viria somente em 2014. Os trabalhadores teriam novo piso fixado em R$ 3.200,00 (para nível médio) e R$ 5.200,00 (para nível superior), mas com a condição de que a gratificação de 20% por nível superior fosse suprimida. A proposta foi rejeitada.

As negociações por mehoramentos no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) incluem o pagamento da sexta parte calculada sobre o salário bruto. O TJ tem acenado com o pagamento da gratificação calculada sobre a remuneração básica dos trabalhadores, o que também foi negado pelo sindicato.

Os serventuários ganharam na justiça o direito de receber a gratificação de 10% sobre o salário referente a capacitações profissionais. Este benefício foi suprimido do contra-cheque numa conturbada decisão administrativa, uma vez que o TJ exige capacitações continuadas, de quatro em quatro anos. Os pagamento retroativos aos seis meses de litígio na justiça não foram efetuados, sendo esta mais uma pauta de reivindicações que motivaram a greve.

A gestão do desembargador Adair Longuini encerrará em seis meses. O presidente do TJ tem a firmado que medidas de austeridade serão aplicadas quando o assunto for dívidas. O sindicato teme haver corte de na folha de pagamento, considerando a previsão de queda nos repasses do Fundo de Participação do Estado (FPE), previstos para 2013.
 
A Gazeta.Net

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