quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Jorge Viana participa de agenda na COP-21 para discutir preservação das florestas


A conferência do clima das Nações Unidas começou oficialmente na manhã de segunda-feira (30), em Paris. A COP21 recebe 150 chefes de Estado e de governo – é o maior encontro de líderes mundiais fora da sede das Nações Unidas. Na condição de Vice-presidente, Jorge Viana representa o Senado Federal brasileiro no encontro que busca o estabelecimento de um acordo que reduza a emissão de gases de efeito estufa que causam o aquecimento global do planeta.

Nesta terça-feira (01), num dos pavilhões do evento, foi realizado o Dia das Florestas, com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O evento foi aberto pelo príncipe Charles, da Inglaterra. Também participaram dos debates cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); a cientista brasileira Thelma Krug - que é a vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC); e outros gestores e pesquisadores que atuam na área ambiental. Jorge Viana, que no Senado foi relator do novo Código Florestal brasileiro e também do novo Marco Legal da Biodiversidade, fez a fala de encerramento.

“Nós fizemos um apanhado de o Brasil ter sido sede da Eco-92, que deu origem às COPs - inclusive ao protocolo de Kyoto, e também ao fato do nosso país ter sediado a Rio+20, que definiu os objetivos do desenvolvimento sustentável. As florestas têm tudo a ver com a agenda das mudanças climáticas”, declarou o senador acreano.

Jorge Viana deixou claro que o Brasil, apesar de ser um país megadiverso, ainda luta para se livrar de uma agenda negativa de florestas. Segundo ele, o país, que já reduziu em 80% o índice de desmatamento na Amazônia, segue lutando para pôr fim ao desmatamento ilegal.

“Eu não tenho nenhuma dúvida que uma das maiores aliadas para não termos uma alteração na temperatura do planeta maior do que 2º são as florestas. É aí que o Brasil se destaca. Nós precisamos tomar uma decisão política clara de transformar a floresta em um importante ativo econômico. Floresta não pode ser um problema”, defende Viana.

Para ele, houve uma importante inversão na COP-21. O encontro dos líderes mundiais, que nas conferências anteriores acontecia ao final dos debates, dessa vez foi realizada logo no início dos debates. Os encaminhamentos deixados pelos chefes de estado orientam as discussões e tomadas de decisões.

Líderes do mundo inteiro defendem que resultado da COP-21 será decisivo para o planeta. "Não estou seguro (do resultado da COP21), mas o que posso dizer é que agora ou nunca se deve atuar diante da mudança climática”, declarou o Papa Francisco.

A presidente Dilma Rousseff disse esperar que o encontro resulte em um acordo “justo, ambicioso e duradouro”. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que é necessário agir "agora" contra a mudança climática "antes que seja tarde". Xi Jinping, presidente da China, disse que é "imperativo" que o acordo climático leve em conta as "diferenças entre os países".

O exemplo da Cooperacre

Os governadores Tião Viana, do Acre, e Pedro Taques, do Mato Grosso, numa parceria com o Ministério do Meio Ambiente, vão assinar um protocolo no próximo dia 07 de dezembro, durante a COP, estabelecendo o compromisso de zerar o desmatamento ilegal nos dois estados.

“O governador Tião Viana tem trabalhado o tema do mercado de carbono e vai assinar esse compromisso que é muito importante para reafirmar o papel do Acre na luta pela valorização das florestas Eu acredito que o Acre só terá um futuro econômico viável quando as florestas voltarem a ser o nosso principal ativo econômico. Um exemplo é a Cooperacre, que hoje faz da castanha o produto econômico mais importante do nosso estado. Com plantios nas áreas desmatadas, para fazer melhor uso delas, nós só temos a ganhar”, declarou.

Para Jorge Viana, há um clima otimista na conferência e todos estão na expectativa de que sairá um novo protocolo para substituir Kyoto. “A vida no planeta agradece”, diz ele.

(Assessoria)

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