quinta-feira, 19 de março de 2015

Rio volta a subir, e Tarauacá passa pela décima cheia em quatro meses

 Esta é a décima cheia que Tarauacá enfrenta em quatro meses  (Foto: Jardy Lopes/Arquivo pessoal )
Esta é a décima cheia que Tarauacá enfrenta em quatro meses. Imagem mostra situação da cidade na manhã desta quinta-feira (19) (Foto: Jardy Lopes/Arquivo pessoal )
Após ter passado alguns dias estável, o Rio Tarauacá voltou a subir nesta quinta-feira (19) na cidade que fica distante 400 quilômetros de Rio Branco. De acordo com a prefeitura de Tarauacá, o nível do rio chegou a 10,45 metros, quase um metro acima da cota de transbordo, que é de 9,50 metros. Desde novembro de 2014, esta é a décima cheia que afeta o município – ao menos cinco delas foram as maiores já registradas.

As águas atingiram os dois maiores bairros da cidade, Senador Pompeu e Bairro do Triângulo. De acordo com a prefeitura, de 3 mil famílias que vivem nesses bairros, 2 mil foram atingidas pela cheia.

Em reunião, a equipe da prefeitura montou grupos de assistência, que já começam a atender chamados para retirada de famílias das casas alagadas. "Também sinalizamos as ruas que estão submersas para evitar o tráfego e mais danos na estrutura das nossas ruas", explica o prefeito da cidade, Rodrigo Damasceno.

"Tarauacá está cheio e o Rio Muru também. No Jordão, a última informação que tivemos é de muita chuva, o que deve interferir no nível do nosso rio. Na quarta-feira (18), tivemos muita chuva em Tarauacá. A nossa perspectiva é que o rio continue subindo nos próximos dias", destaca.

No último balanço, feito pela prefeitura em fevereiro, o prejuízo das cheias estava estimado em R$ 40 milhões, incluindo as zonas rural e urbana. Depois desse levantamento, houve mais duas cheias, o que deve fazer o valor aumentar, segundo Damasceno.

Entenda o caso
Em novembro de 2014, o prefeito de Tarauacá chegou a decretar estado de calamidade pública. Registrada como uma das maiores cheias pelas quais a cidade passou, o nível do rio ultrapassou 12 metros e atingiu mais de 70% do município.

Ainda em novembro, o governo federal reconheceu um decreto de emergência declarado pela prefeitura. Na mesma época, índios das aldeias Nova Esperança e Mutum, localizadas no Rio Gregório, distante 90 km do município de Tarauacá, perderam plantações, casas, animais, alimentos e açudes com criações de peixes durante a enchente que atingiu a região.

Em dezembro, o governo federal liberou R$ 794 mil para Tarauacá, que foram usados para cobrir despesas com atendimentos a vítimas da cheia.

A segunda grande cheia foi registrada em janeiro, quando o rio Tarauacá voltou a subir e deixar famílias desabrigadas. Apenas naquele mês, o rio subiu duas vezes.

No dia 16 de março, quando o rio Muru subiu 5 metros, a União lliberou R$ 1.033.210 para a cidade. A verba deve ser usada para executar ações de socorro e assistência.

Tácita MunizDo G1 AC 

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