quarta-feira, 18 de março de 2015

MANUEL URBANO: Greve de servidores municipais dura três semanas

Em greve há 3 semanas, servidores municipais fizeram ato em frente à prefeitura de Manoel Urbano, nesta terça-feira (17) (Foto: Divulgação/Sinteac)
A greve do servidores públicos municipais em Manoel Urbano, distante 215 km de Rio Branco, completa três semanas. O movimento é representado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (Sinteac) e pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsepum). Reajustes salariais e aprovação de Plano de Cargos Carreiras e Remunerações (PCCR) estão entre as pautas.

Jaqueline Vieira, presidente do Sinteac no município, afirma que a categoria pede o reajuste salarial de 7,5% para funcionários de apoio e 2,5% para professores. Reivindica ainda que os diretores das escolas sejam escolhidos através de eleição e não por indicação, como atualmente é feita. Além disso, existe a exigência de que seja pago 1,5% em cima dos 45 dias de férias.

até que a prefeitura volte a negociar com a categoria. As aulas no ensino público em Manoel Urbano deveria ter começado no dia 2 de março. "A greve continua até que o prefeito sente para discutir conosco. Queremos que seja cumprido um acordo firmado no ano passado. É uma greve conjunta, que abrange outras categorias", explica.

O Sinsepum representa em torno de 200 pessoas de diversos setores municipais como saúde, obras, agricultura, administração, finanças. O presidente Sebastião Pereira diz que a categoria pede, dentre outras coisas, a aprovação do PCCR e a equiparação de salários.

"Temos vários propostas como o PCCR, a mudança de letra na projeção horizontal e a equiparação salarial dos servidores que ganham menos do mínimo. Temos servidores antigos próximos da aposentadoria que recebem no contracheque em torno de 600 reais e a prefeitura que completa até chegar ao mínimo", acrescenta.

Ao G1, o prefeito de Manuel Urbano, Ale Anute Silva, afirmou que está impossibilitado de fazer qualquer ajuste nos salários dos servidores devido à Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece as normas das finanças públicas, como gasto de pagamentos de funcionários.

"Já explicamos para as categorias que não podemos dar aumento, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal. Hoje, estamos com 74% de gastos com pessoal. Então, estou impedido de fazer qualquer reajuste. Os professores, em maio, que é a data base garantida por lei, terão o aumento de 7,5%", afirmou.

Anute disse ainda que o município aguarda uma audiência na Justiça do Trabalho, marcada para o dia 30 deste mês para a definição da volta dos servidores aos postos de trabalho. "Aos outros sindicatos, não temos como oferecer nada, porque estou impedido. Temos uma audiência no dia 30 com a Justiça do Trabalho para definir as coisas. Além disso, não temos dinheiro", finalizou.

Caio Fulgêncio
Do G1 AC

Nenhum comentário:

Postar um comentário