sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Coordenador do Cimi chama Sebastião Viana de mentiroso

Coordenador do Cimi chama Sebastião Viana de mentiroso

“O governador do Acre mentia quando dizia que os territórios indígenas não seriam afetados pela estúpida exploração de petróleo”. Foram com estas palavras que o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Lindomar Padilha, referiu-se ao governador Tião Viana, depois do anúncio do primeiro leilão dos blocos de exploração de petróleo e gás, nas proximidades das terras dos índios Nukini e Poyanawá.
“Desde o início venho denunciando as mentiras propagadas pelo governo do Acre e sua imprensa ‘frufru’, medíocre e subserviente, de que os territórios indígenas não seriam afetados pela inescrupulosa e estúpida exploração de petróleo naquela que é, simplesmente, a região de maior biodiversidade do Brasil, além de contar com a existência de mais de 12 povos indígenas”, disse Padilha, incluindo, ainda, um povo que não tem contato com a sociedade.
O governo, segundo ele, ainda se valeu de diversas manobras e difamações para desqualificar o seu ponto de vista no debate. Padilha também denunciou a participação da ONG “governista” CPI, que, em sua opinião, também se revelou danosa aos povos indígenas. No dia 14 de abril, justamente durante a semana dos povos indígenas de 2012, no Núcleo da Secretaria Estadual de Educação em Cruzeiro do Sul, região onde vivem os povos indígenas afetados, houve o seminário  ‘Petróleo, Gás e Ferrovia: Desafios e Oportunidades para Comunidades no Juruá’.
“O próprio título revela que a intenção do evento era mesmo mostrar que a exploração de petróleo e gás e a construção da ferrovia, ligando Cruzeiro do Sul ao Peru, oferecem oportunidades aos povos indígenas. Ou seja, entidades ligadas ao ambientalismo e ao indigenismo também estão sendo utilizadas para defender essa insanidade. Pior, todas mentem sobre seus verdadeiros propósitos e os escondem dos povos indígenas e da sociedade em geral”, denunciou ele.
Nesta quinta-feira, 28,  saiu o resultado do leilão do bloco AC-T-8 que foi arrematado pela Petrobrás S/A. De acordo com o CIMI, a distância em relação as terras indígenas Poyanawa e Nukini são de meros 12  e de 39 metros, respectivamente, em relação a área que será explorada pela empresa petrolífera.
Com informações do Tribuna do Juruá

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