“Para inflamar, novamente vem à
tona esta falácia de petróleo no Acre. Agora, serão cerca de R$ 60 milhões em
investimentos. O petróleo economicamente viável não vai ser encontrado e três
coisas serão certas: de um lado, alguém vai ganhar muito dinheiro, de outro,
vai continuar faltando moradia, saneamento, saúde e educação e, de sobra, eu e
você vamos continuar com nossa cara de tacho”.
Com
estas palavras, Jonas Filho, paleontólogo e ex-reitor da Ufac, expressou, via
redes sociais, uma opinião controversa acerca de um tema complexo. A
postagem do paleontólogo encontrou eco junto a outros colegas, como os
professores-doutores Áulio César Souza e Rubens Santana, que também opinaram
que consideram inviável a perspectiva econômica a partir da prospecção de
petróleo e gás natural nesta região.
Deixando
a teoria de lado, Rubens Santana foi categórico: “explorar petróleo aqui era
apenas mais um factóide criado pelo PT”.
Os
professores se baseiam nos resultados de experiências feitas no passado, como
por exemplo a produção do biodiesel a partir da extração de óleo de Safrol, a
‘pimenta longa’, e a Usina de Álcool Verde, duas iniciativas do governo petista
que acabaram trazendo mais dívidas para a máquina pública.
“O
assunto é antigo e tem história. No final da década de 30, no alto rio Môa, na
fronteira do Brasil com o Peru, nas proximidades da serra da Contamana, no
município de Cruzeiro do Sul, teve a primeira tentativa de exploração de
petróleo no Acre, sob a responsabilidade de uma empresa americana. O produto
foi encontrado e o projeto suspenso por ter sido julgado antieconômico. Ainda
não havia a atual Petrobras. O local onde essas primeiras pesquisas foram realizadas
denominava-se Pedernal”, sustenta o professor Áulio César Souza.
Agência ContilNet
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