Além
de ser impedida de fazer pagamentos a cerca de 450 mil inscritos, a Telexfree
também será alvo de um inquérito pela Polícia Federal (PF). Nesta
segunda-feira(8) à tarde, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
determinou que a PF investigue a empresa Ympactus Comercial, acusada de ser a
maior pirâmide financeira da história do Brasil.
Desde
janeiro, a empresa já é alvo de procedimento administrativo instaurado pela
Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon/MJ). O
procedimento é fruto de várias denúncias de Procuradorias do Consumidor
(Procons) dos Estados e do Ministério Público do Acre.
Segundo
o Ministério da Justiça, levantamento prévio de órgãos como a Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), Banco Central, Secretaria de Acompanhamento
Econômico do Ministério da Fazenda (SEAE) e Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (CADE) apontou indícios de crime contra a economia popular, esquema
de pirâmide financeira e até suspeita de evasão de divisas.
Em
sessão ocorrida nesta segunda-feira, a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça
do Acre (TJ-AC) confirmou decisão anterior impedindo o pagamento aos
beneficiários da Telexfree.
Além
disso, a empresa também está impedida de arregimentar novos interessados e os
bens dos proprietários permanecem bloqueados. A sentença vale para todo o
Brasil. Cabe recurso no TJ-AC ou em instâncias superiores como no Superior
Tribunal de Justiça (STJ).
Após
as sucessivas derrotas na Justiça, membros da Telexfree realizaram protestos e
encaminharam reclamações ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao STJ. Foram
aproximadamente 33 mil reclamações nos dois órgãos.
Existem
hoje pelo menos sete empresas sendo investigadas em todo o Brasil acusadas de
participaram de esquemas de pirâmides financeiras semelhantes.
Fonte:
iG
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