Depois de atirar em uma bota
que estava perturbando sua pescaria Valdecir da Costa Souza, 20, passou a
apresentar perturbações psicológicas e afirma que os animais estão o atraindo.
Além de ouvir vozes ele vê um homem sentado numa pedra no rio tentando levá-lo
para a água e o problema está preocupando os familiares.
Tudo
começou quando Valdecir participava de uma pescaria junto com o primo Natanael
dos Santos, em uma comunidade do interior do Amazonas e alguns botos rasgavam
as redes e comiam o peixe, momento que o pescador resolveu dar um tiro num dos
animais.
Segundo
conta o primo, imediatamente após o tiro, surgiram vários botos ao redor do
barco que tentaram alagar a embarcação e eles não conseguiram continuar a
pescaria. Mesmo depois do barco ter sido ancorado nas margens do rio os animais
não foram embora, momento em que Valdecir começou a passar mal.
“Comecei
a passar mal e apareceu um homem em cima de uma pedra branca no meio do rio que
tentava levá-lo para a água. Ele me chamava e dizia que ai me levar”, contou o
pescador ainda abatido, que no momento pedia socorro ao primo que afirmou que
eram muitos botos e quando eles apareciam Valdecir começava a passar mal.
“Quando
eu ficava perto do meu primo, que estava comigo na pescaria, eles se afastavam
e o homem desaparecia”, conta ainda assustado em sua residência. Depois que
chegou em casa o pescador deu muito trabalho a família que tinha que segurá-lo
a força pois ele queria entrar no rio.
Segundo
a tia do pescador, Lúcia dos Santos, todas as vezes que Valdecir sentia a
presença dos botos ficava com a voz diferente e com muita força. “Não sei o que
acontecia, ele começava a desmaiar depois queria entrar no rio. Eram nove
homens e três mulheres para poder segurá-lo”, afirmou.
O
pai pescador, José Alberto de Souza, 62, conta que também já foi vitima de um
boto, quando estava com amigos madeireiros nas margens de um igarapé na
fronteira com o Peru. Eles jogavam baralho quando sentiu algo estranho no corpo
e via um homem sobre uma pedra no igarapé que tentava levá-lo para a água.
José
Alberto afirma que tudo começou depois que seu pai desapareceu nas águas do Rio
Juruá, encantado por um boto. “Meu estava numa canoa que naufragou e vários
botos começaram a boiar no local, ele nunca foi encontrado. Depois ele apareceu
para minha esposa dizendo que estava em um boto e que eu precisava
desencantá-lo. Ela me disse antes mesmo dele aparecer três vezes, depois disso
nunca mais voltou”, ressaltou.
Fonte:
Voz do Norte
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