Uma suspeita de pirâmide financeira mobiliza dois ministérios, procons,
delegacias, Cade, CVM e Banco Central, ministérios públicos. A empresa
investigada é a Ympactus, com sede em Vitória, responsável pelo serviço de
telefonia pela internet Telexfree.
O
Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, investiga
em âmbito nacional o modelo de negócio Telexfree. Trata-se de um sistema de
venda de créditos para uso de telefone pela internet (Voip, na sigla em inglês)
que, segundo o advogado da empresa, Horst Fuchs, tem 600 mil usuários no mundo,
sendo 90% deles no Brasil. Ele nega qualquer irregularidade.
"Durante
um ano, o esquema TelexFree envolveu um milhão de pessoas e movimentou mais de
R$ 300 milhões através de uma versão online do velho golpe da pirâmide",
escreveu Nassiff.
A
empresa se apresenta como prestadora de telefonia Voip. Os interessados podem
atuar como divulgadores do sistema, por meio de publicidade pela internet. Há
dois tipos de contratato anual, o ADCentral, de US$ 299 e que promete ganho
líquido de US$ 2.295,80, e o ADCentral Family, de US$ 1.375, e ganho líquido de
US$ 11.599. O divulgador ganha US$ 20 a cada novo divulgador que conquistar
para o plano ADCentral, e US$ 100 para o ADCentral Family. As informações
constam de uma apresentação disponível em um site de divulgação do serviço.
Segundo
o advogado Fuchs, que representa a Telexfree e trata o sistema como
"marketing multinível", a remuneração média fica entre R$ 4 mil e R$
8 mil por mês. Exceções chegam a faturar R$ 100 mil, diz ele ao iG .
De
acordo a assessoria de imprensa do Ministério Público de Minas Gerais, a
reclamação de uma pessoa cuja mãe se sentiu financeiramente lesada pelo sistema
foi encaminhada para a procuradoria criminal, sob suspeita de pirâmide
financeira.
No
comunicado divulgado nesta terça-feira (12), a Secretaria Nacional do
Consumidor trata o tema apenas como denúncias relativas a captação de poupança
popular. O órgão afirma ter recebido denúncias contra o Telexfree dos Procons
de Acre e Pernambuco e dos ministérios públicos de Acre e Mato Grosso, em
janeiro, e que solicitou aos Procons de todo o país que comuniquem
eventuais processos envolvendo o serviço.
Segundo
Fuchs, fiscais do Ministério da Fazenda visitaram a sede da empresa nesta terça
(12), no edifício Petro Tower, em Vitória (ES), e solicitaram documentos. Na
segunda-feira (11), o departamento jurídico do Telexfree determinou que
"imediatamente todos os divulgadores que tenham blog, portal ou
Facebook" retirem os anúncios do ar "porque há muitos excessos que
não são pactuados pela empresa", afirma o advogado.
"A
oferta de enriquecimento ilícito não é filosofia da empresa", reitera
Fuchs.
O
Ministério da Fazenda afirma que a Secretaria de Acompanhamento Econômico
(Seae), notificada também pela SNC, aguarda um posicionamento da Procuradoria
da Fazenda sobre os procedimentos da empresa para se pronunciar. Também foram
notificados o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a
Comissão de Valores Mobiliário (CVM) e o Banco Central (BC).
Reclamações em oito Estados
Além
de Minas Gerais, há reclamações contra o Telexfree em ao menos outros seis
Estados, diz a delegada Gracimeri Gaviorno, da Delegacia de Defraudações de
Vitória (ES): Espírito Santo, Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e
Pernambuco.
"Vamos
identificar mais pessoas, seja quem patrocina ou quem perde dinheiro",
afirma, por telefone.
Segundo
Daniella Barcellos, chefe da divisão de reclamações do Procon do Acre, a
empresa faz reuniões públicas diárias em Rio Branco. "Aqui no Acre
essa empresa chegou como uma campanha eleitora ostensiva, mas com um candidato
só e com promessa de dinheiro fácil."
Em
São Paulo, o Procon da capital informou não ter recebido nenhuma reclamação até
fevereiro, mas a empresa Ympactus Comercial é alvo de um processo no Juizado
Especial Cível (JEC) de recisão de contrato e devolução de dinheiro.
A
Polícia Federal trata o caso como suspeita de estelionato . Em nota, informa que até o momento, “o possível
cometimento de um esquema conhecido como 'pirâmide' pela Telexfree” não está
sendo investigado pela corporação, por ser “possível incidência clássica do
crime de estelionato”, que é de competência das polícias civis dos Estados.
Fuchs
nega que a empresa atue sob o esquema de pirâmide.
“O
que muitos consideram uma máscara, uma maracutaia, uma armação... na verdade o
propósito nosso é o inverso. ”, diz.
Sobre
o fato de a Ympactus ser registrada como microempresa – o que limitaria o
faturamento bruto a R$ 360 mil por ano –, Fuchs afirma que o processo de
alteração já foi iniciado.
Fonte: Portal IG
porque naõ coloca os nomes de seus parentes que estaõ ganhando dinheiro,vc naõ tinha para entrar ai fica ganhando pelos bestas que abren seu blog e respondem seu miseros centavos de dia . deixa o povo trabalhar
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