No ramal da União as equipes que retornam do local confirmam a tendência de crescimento da malária. A cada dia os agentes encontram até dez novos casos da doença.
Segundo o supervisor de campo, Francisco Atilon uma das preocupações também é que está havendo uma incidência maior de malária do tipo falcíparum na localidade.
Ao longo do ramal são comuns ver criadouros de larvas de mosquito. Na margem de um açude próximo à escola estadual Paulo Freire, os moradores estão expostos à carapanã da malária, exatamente no horário de mais atividade do inseto. A coleta feita pelos agentes confirmou a presença de larvas.
As visitas são feitas de casa em casa, para verificar se as medidas preventivas estão sendo tomadas pelos moradores.
“Queremos verificar se estão usando os mosquiteiros adequadamente e por isso estamos vindo neste horário, explica Hélio.”
O trabalho noturno também permite realizar as ações justamente com aquelas pessoas que durante o dia, estão em seu roçados ou em trabalhos longe de casa, e acabam por não receber as ações dos agentes.
É o caso do agricultor Adinilson Maia. Ele já foi acometido pela malária duas vezes e aproveitou a visita noturna dos agentes para fazer uma lâmina de verificação de cura. As ações são acompanhadas pela bióloga Paula Eliazar, da Fundação Oswaldo Cruz. Uma das preocupações de Paula é com o grande número de crianças afetadas.
“Cerca de 50% dos acometidos de malária tem entre zero a 14 anos”, explica.
Os agentes de vigilância sanitária, supervisores e microscopistas são contratados pelo Pro-Saúde. Não recebem adicional noturno ou hora extra pelo serviço. Uma ação que tramita na justiça poderá acabar com o atual vínculo empregatício dos mesmos.
Leandro Altheman do Site Juruá Online
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