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Ponte Juscelino Kubitschek foi interditada neste domingo (1º), em Rio Branco (Foto: João Paulo Maia) |
O nível do Rio
Acre alcançou os 17, 79 metros nesta segunda-feira (2), em Rio Branco. O rio ultrapassou a cota histórica registrada em
1997, quando atingiu a marca de 17,66 metros. Cinco abrigos públicos foram
montados na capital para receber as vítimas da enchente, três deles já estão
lotados. A cheia atinge 38 dos 212 bairros da cidade, desabriga 6 mil pessoas e
afeta diretamente 53 mil pessoas. Normalmente, o Rio Acre na capital apresenta
o nível de seis a oito metros e pode ficar abaixo de três metros em períodos de
seca.
No domingo, o prefeito
Marcus Alexandre decretou estado de calamidade pública. O governo do estado e a
prefeitura do município deram ponto facultativo nesta segunda e terça-feira
(3), e pediram aos funcionários públicos que ajudem na assistência aos atingidos
pela enchente. "Todo esforço humano estará a serviço do atendimento das
famílias afetadas pela alagação", diz o governo, por meio de nota.
Apenas os serviços essenciais de
limpeza, coleta de lixo e conservação da cidade, atendimento ao público nos
Centros de Atendimento ao Cidadão (CAC) e na OCA, serão mantidos. As Unidades
de Referência de Atenção Primária (URAPs) e Centros de Saúde, também terão
funcionamento normal.
A ponte Juscelino Kubitschek, a
"Ponte Metálica", que liga o primeiro ao segundo distrito da
cidade, foi interditada no domingo, por medida de segurança. A ponte de
concreto também foi fechada. O Parque de Exposições Marechal Castelo Branco,
maior abrigo público, aloja 1.395 famílias. O Sest-Senat, segundo abrigo
montado, também está lotado com 168 famílias, assim como o abrigo no Sesc com
150 famílias. O Ginásio do Sesi também está sendo usado como abrigo e começou a
receber as primeiras famílias.
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Na foto, tirada no domingo (1), a Ponte Juscelino Kubitschek quase submersa. À direita, tirada em 21 de julho de 2013, mostra uma das menores cotas do Rio Acre, 2,57 metros. (Foto: Reprodução TV Acre e Rayssa Natani) |
A prefeitura orienta que as pessoas
usem a terceira e a quarta ponte e evitem o Centro da Cidade, pois o trânsito
está complicado. Pede ainda que as pessoas fiquem em casa para não atrapalhar o
trabalho da Defesa Civil, prefeitura e governo.
Além da cheia histórica de 1997,
Rio Branco enfrentou outra grande enchente no ano de 2012, quando o nível
chegou à marca de 17,64 metros. Nesse ano, 1.700 famílias ficaram desabrigadas
pela cheia.
Alerta
Devido a quantidade de bairros que foram atingidos pela cheia, a Eletrobras Distribuição Acre emitiu uma nota de alerta no último dia 28 sobre a necessidade do corte de fornecimento de energia elétrica nas áreas afetadas pela cheia do Rio Acre e seus afluentes em Rio Branco. Segundo a nota, tal medida é adotada devido ao risco de ocorrência de acidentes envolvendo energia elétrica. A distribuidora pede para que os moradores evitem manusear equipamentos elétricos e não façam ligações provisórias até a chegada das equipes da Defesa Civil.
Devido a quantidade de bairros que foram atingidos pela cheia, a Eletrobras Distribuição Acre emitiu uma nota de alerta no último dia 28 sobre a necessidade do corte de fornecimento de energia elétrica nas áreas afetadas pela cheia do Rio Acre e seus afluentes em Rio Branco. Segundo a nota, tal medida é adotada devido ao risco de ocorrência de acidentes envolvendo energia elétrica. A distribuidora pede para que os moradores evitem manusear equipamentos elétricos e não façam ligações provisórias até a chegada das equipes da Defesa Civil.
No dia 28, a inspetora de escola
Fátima Lima de Moura, de 64 anos, morreu após receber uma descarga elétrica na
Rua Tião Natureza, no bairro Palheiral, um dos atingidos pela cheia do Rio
Acre. A vítima saía da casa da filha e teve contato com a água que invadiu o
quintal.
No domingo (1), um homem de 62 anos
sofreu uma descarga elétrica enquanto supostamente mexia em um padrão de energia
no bairro Habitasa, local atingido pela enchente do Rio Acre. Ele foi
encaminhado para o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) e
segundo o diretor clínico da unidade de saúde, Giovanni Casseb, está fora de
risco e apresenta quadro clínico estável.
Campanha
O governo do Acre iniciou no dia 23 a campanha para arrecadar doações para a população dos municípios atingidos pela recentes enchentes dos rios acreanos. A ação faz parte do movimento "Acre Solidário", encabeçado pela primeira dama do estado, Marlúcia Cândida. O foco da campanha é arrecadar alimentos não perecíveis, com destaque para o leite em pó e massa para mingau, além de outros itens, como fraldas descartáveis, roupas e calçados.
O governo do Acre iniciou no dia 23 a campanha para arrecadar doações para a população dos municípios atingidos pela recentes enchentes dos rios acreanos. A ação faz parte do movimento "Acre Solidário", encabeçado pela primeira dama do estado, Marlúcia Cândida. O foco da campanha é arrecadar alimentos não perecíveis, com destaque para o leite em pó e massa para mingau, além de outros itens, como fraldas descartáveis, roupas e calçados.
Na capital, os donativos podem ser
entregues na Central de Serviço Público (OCA), na Avenida Brasil; Palácio das
Secretarias; Quartel da Polícia Militar; Casa Civil; Igreja Batista do Bosque;
Supermercados Araújo do Tangará, Aviário, Izaura Parente e Via Chico Mendes;
Secretarias e autarquias estaduais.
Do G1 AC
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