quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Cultura: Festival Huni Kuin Xinã Bena reúne comunidades indígenas Aldeia Lago Lindo

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A quarta edição do Festival Xinã Bena do povo Kaxinawa começou nesta terça-feira, 2, e será realizada até o próximo domingo, 7 de setembro. O endereço é singular: aldeia Lago Lindo, Alto rio Tarauacá, na faixa de fronteira do Brasil com o Peru, município de Jordão, Acre. A aldeia está situada na Terra Indígena Seringal Independência e será o local da festa que reunirá as populações de 32 aldeias das regiões próximas e turistas. Xinã Bena significa “novo tempo”.
O povo Huni Kuin é o mais populoso do Acre, com aproximadamente sete mil indivíduos. O festival é uma forma de resistência cultural e de promoção das vivências do povo Kaxinawa ou Huni Kuin (gente verdadeira) como prefere ser chamado e promove o encontro entre lideranças indígenas desta aldeias e de outras etnias, além de convidados e amigos. Na programação estão rituais espirituais, atividades de pintura corporal, cantorias, banhos de rio, refeições coletivas, passeios em trilhas na floresta, oficinas de artesanato e contação de histórias e experiências feitas pelo cacique da aldeia Lago Lindo.
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O povo Huni Kuin é o mais populoso do Acre, com aproximadamente sete mil indivíduos/Foto: Assessoria

Este ano, a aldeia foi preparada para receber melhor quem visita a comunidade. O governo do Acre é parceiro e apóia a realização do evento com ações de infraestrutura, como a sinalização adequada do espaço da aldeia que está sendo utilizado para a festa. “A falta de sinalização com placas indicativas foi um dos itens citados em pesquisa realizada pela Setul como um dos problemas encontrados pelos visitantes das comunidades indígenas. E agora no Festival Huni Kuin corrigimos isto”, explica a secretária de Turismo e Lazer, Rachel Moreira.
Pousada, banheiros e restaurante foram construídos com recursos do Estado, no valor de R$ 350 mil, e inaugurados em dezembro passado. “Os festivais indígenas atraem turistas de várias partes do mundo. É papel do governo, da Setul, contribuir para que as comunidades busquem a autosustentabilidade com a recepção de visitantes interessados em conhecer suas culturas”, diz Rachel Moreira.
Golby Pullig

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