sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Filme O Acre Existe estreia nesta sexta no Cine Recreio em Rio Branco no Festival Pachamama

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Da esquerda para a direita: Raoni Gruber, Paulo Silva Júnior e Bruno Graziano/Foto: Talita Oliveira
O Acre passou a existir para os paulistas Bruno Grazziano e Milton Leal em menos de 30 segundos após o início de uma conversa para decidir qual seria o tema de um filme que pretendiam fazer juntos. A velha piada sobre a existência do estado foi um dos pontos de partida. Decidido o lugar para onde partiriam, convidaram mais dois companheiros para o que chamam de ‘aventura’, Paulo Silva Júnior e Raoni Gruber. Dois anos de trabalho, um ano e meio somente para a edição, foram necessários para que nesta sexta-feira, 22, o filme O Acre Existe se materializasse, em estreia marcada para às 21 horas no Cine Recreio durante o 4º Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira.
“Essa certeza nós tínhamos desde o início: que a estreia seria em Rio Branco. O convite feito lá no início pelo Sérgio de Carvalho para que o lançamento fosse no Pachamama nos incentivou. Deu certo de terminarmos o filme agora bem na época do festival”, lembra Bruno Graziano. O roteiro para o filme tinha meia página preenchida. Somente dados básicos sobre o estado e alguns contatos. A outra parte, em branco, deveria ser escrita com o depoimento dos acreanos, dos que moram e fazem a história de suas vidas neste lugar.
Paulo Silva Júnior, que escreveu o livro de mesmo nome, conta que a liberdade da produção foi fundamental para chegar a este resultado. Para ele, sentar em bancos de praças, em bares e conversar com pessoas anônimas ou referências para suas comunidades é o espírito do trabalho. Ele diz que ao chegar, percebeu que as pessoas tinham uma ‘vontade brutal’ de contar histórias. O filme pretender mostrar essas histórias e não apenas a visão dos produtores sobre o Acre.
Produção e finalização – O Acre Existe é considerado pelo grupo como ‘um road movie clássico’. A trajetória que resultou em 50 horas de filmagens começou em São Paulo. Foram percorridos 10 mil quilômetros em 45 dias. Mesmo com projeto aprovado pela Lei Roaunet, o filme não conseguiu atrair o investimento de empresas e quase todo o custo foi arcado pelos quatro amigos que assumem o roteiro, produção e direção.
O filme foi finalizado em 115 minutos, e para isso o grupo se isolou durante 15 dias, e tem na trilha sonora música de Cícero França, Zé Kleuber, cânticos Yawanawá da Aldeia Mutum, Nelson Gonçalves, Raimundo Nonato e Seu Jorge. Despretensioso, o filme pretende ser uma ponte entre a fala do acreano e o mundo. O cinema cumpre seu papel. O filme O Acre Existe deverá ser inscrito em festivais de cinema de toda a América Latina em 2013.
Durante o 4º Festival Pachamama – Cinema de Fronteira os exemplares do livro serão vendidos a R$ 20. A entrada para a sessão de estreia de O Acre Existe é gratuita, mas é necessário chegar com pelo menos uma hora de antecedência. A programação completa do festival, que termina no domingo, 24, pode ser acessada no www.cinemadefronteira.com.br.
(Assessoria)

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