quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Por regularização fundiária, sindicatos rurais prometem fechar todas as estradas do Acre


19 dos 22 sindicatos rurais do Acre se preparam para fazer o maior manifesto de produtores de todo a história do Estado. Os sindicalistas querem fechar todas as estradas do Acre no mesmo dia. A interdição começaria pelas estradas federais. A BR-364 seria fechada de Acrelândia a Cruzeiro do Sul e a BR-317 de Rio Branco a Assis Brasil.

Os sindicatos estão cobrando as promessas de governo, que levaria mais políticas públicas para a área rural. A principal reivindicação dos trabalhadores é a regularização fundiária. De Acordo do Manoel Cumaru, presidente da Fetacre, a Federação de Trabalhadores Rurais do Acre, 65% dos produtores não têm título da terra, isso prejudica na hora em que vão buscar financiamentos e programas de ajuda do governo. Sem um título de propriedade, o governo federal não abre as portas e ficamos engessados sem poder produzir.

O Antônio Sergioni, conhecido como Cabeça, é o presidente do Sindicato Rural de Feijó. Ele é um dos líderes do movimento que quer parar o Estado. O sindicalista conta que 4.000 posseiros e mais 700 famílias dos projetos de assentamento não conseguem produzir em suas terras. “O governo federal disponibilizou recursos para os programas de açudagem, mas em Feijó poucos conseguiram os recursos para a piscicultura. Faltava o documento da terra. Sem a regularização fundiária vamos ter que largar a terra, disse.

Os sindicatos rurais estão reunidos em Rio Branco desde segunda-feira juntamente com Fetacre para tentar mais um canal de negociação com o Governo do Estado e evitar o fechamento das rodovias. Além dos títulos, os sindicatos cobram ramais, a continuação do programa luz para todos e licenciamento ambiental. O governo tinha sentado com os trabalhadores e prometeu uma saída, mas, até agora, só conversas.

O dia do fechamento das estradas ainda não foi fechado. Tudo vai depender do que for conversado com os secretários de estado. Se na prática nada for feito, o manifesto está mantido.

Adaílson Oliveira, Da TV Gazeta

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