Foi preso na madrugada desta quarta-feira (25) em
um balneário conhecido como “Canhoto”, na cidade de Cruzeiro do Sul, o capitão
da Polícia Militar, João da Cruz Santana Filho, o capitão Santana. O oficial é
acusado de oferecer dinheiro a uma menor de 12 anos em troca de favores
sexuais.
De acordo com informações da polícia, o oficial
militar, que passa férias na cidade, teria convidado a menor e uma mulher maior
de idade para comer uma galinha caipira no restaurante do balneário, a menor e
a maior (que não tiveram os nomes revelados pela polícia) foram ao local na
companhia de um amigo do capitão que também está preso, identificado como
Gilson Fernandes Guedes, morador de Cruzeiro do Sul.
No local o militar começou a assediar a menor
tentando convencê-la a ir ao motel com ele, aonde iriam também a amiga da
vítima e o amigo Gilson Guedes. A menor não aceitou o convite, mas, segundo a
polícia, em depoimento a menor afirmou que João Santana insistiu na prática e
chegou a oferecer a quantia de R$ 100,00 para que ela fosse ao motel, a informação
foi confirmada pela mulher que acompanhava a criança.
Santana ainda teria tentado que a menor ingerisse
bebida alcoólica, mas esta recusou. Após várias tentativas, o oficial chamou um
táxi para leva-las para casa, mas quando o carro chegou ao local o capitão e
seu amigo se recusaram a pagar a corrida, uma guarnição da Polícia Militar foi
acionada pelas vítimas e também pelo taxista. Ao chegar no local, os militares
foram desacatados pelo oficial, que afirmou que não iria acompanhar a
guarnição, além de tentar humilhar os policiais.
Após ordem superior o militar foi preso e levado à
Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher (Deam). A reportagem entrou em
contato por telefone com a delegada da unidade, Carla Ivani, que confirmou as
informações.
De acordo com a autoridade policial, o oficial foi
flagranteado com base no Art. 218-B do Código Penal que versa sobre: “Submeter,
induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém
menor de 18 (dezoito)anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não
tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou
dificultar que a abandone”, com pena de quatro a dez anos de prisão, combinado
com Art. 14, inc.II também do Código Penal que diz: Diz-se o crime tentado,
quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente. Pena de tentativa, que em seu parágrafo único, diz que
pune-se a tentativa com apena correspondente ao crime consumado, diminuída de
um a dois terços.
A menor, que mora em Rio Branco, disse à delegada
que está em Cruzeiro do Sul para passar o aniversário de sua mãe, quando foi
convidada para jantar com capitão e seu amigo. Após prestarem depoimento, a
menor e a mulher que a acompanhava foram liberadas.
Por se tratar de um militar, João Santana está
preso no quartel da Polícia Militar de Cruzeiro do Sul, aguardando
pronunciamento da Justiça. Gilson está recolhido em uma das celas da Deam do
Juruá e, após prestar esclarecimentos, será encaminhado a penitenciária da
cidade.
Agência ContilNet
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