Na TV, Bocalom revela que sai “de coração partido” do PSDB e que ainda não sabe se será candidato ao governo ou senado

“São quase 17 anos de PSDB, não são 17 dias. Foi de muito trabalho, de muita luta, de muito sofrimento não só meu, mas também das pessoas que me acompanham, que me ajudam, que acreditaram nesse 45, aqui em Rio Branco e em todo o Estado. Realmente é muito difícil você deixar tantos amigos para trás. Saio de coração partido”, revelou em entrevista ao jornalista Alan Rick, no Gazeta Entrevista, o agora presidente do Democratas no Acre, Tião Bocalom.

Na conversa, Bocalom revelou que algumas pessoas irão com ele para o DEM, mas não citou os nomes. O ex-tucano disse que o deputado federal Marcio Bittar, hoje comandante do PSDB no Acre, “é um amigo” e que apesar das desavenças, tem certeza que Bittar “comandará o partido de forma coerente”.

Tentando não polemizar, Tião Bocalom foi instigado e revelou que a “forma” como ele foi tratado por Marcio Bittar em um evento em Sena Madureira o deixou muito mal e relembrou também a entrevista dada por ele ao Gazeta Entrevista, em que o deputado dizia que concordava com a opinião do cronista Toinho Alves, que na época, criticou a oposição.

O agora presidente do DEM no partido disse ainda que dentro do PSDB deveria ter uma divisão pode poder. Ele revela que foi se sentindo isolado nos últimos tempos e isso motivou a sua saída do ninho tucano.

Bocalom revelou ainda que passou por um grande constrangimento ao ir nesta quinta-feira, 29, a sede do partido tucano para se desligar oficialmente. “Cheguei lá e a minha sala estava trancada. Falei com a moça, e ela me disse que recebeu ordens superiores para que eu não entresse sozinho na sala. Ai é de doer”, disse.

Perguntado se seria candidato ao governo pelo DEM, Bocalom disse que é “soldado do partido”. “Eu vou chegar no DEM. Vamos rodar o Estado inteiro. Quero conversar com todos os diretórios e ver o que pensa a base do partido. Eu não tenho duvida que daqui uns 30 ou 60 dias a gente terá um decisão sobre o assunto”.

Em nenhum momento o eterno candidato derrotado mostrou-se envergonhado do tom da entrevista. E nem ficou vermelho.

Da redação ac24horas

Rio Branco, Acre