O governador
Tião Viana disse nesta segunda-feira, 8, que tem expectativa de o Acre passar a
contar com mais 300 médicos para atender a população na rede básica de saúde do
estado, a partir do programa Mais Médicos, que foi lançado pela presidente
Dilma Rousseff com o fim de ampliar o número de profissionais de medicina no
interior do país e na periferia das grandes cidades brasileiras.
Segundo
Tião Viana, que foi um dos governadores presentes no Palácio do Planalto, o
lançamento do programa fortalecerá o trabalho de ampliação dos médicos na saúde
pública acreana, graças à ampliação em quatro vezes do número de vagas no curso
de medicina e em duas vezes do número de especialistas que serão formados no
próprio estado. “Esse programa é um grande passo para a saúde pública do nosso
estado e do Brasil”, afirmou o governador.
Os
300 médicos a mais, previstos pelo governador, elevam o número de médicos no
Acre para 1.200 profissionais, pois atualmente, de acordo com a secretária de
Saúde, Suely Melo, a oferta de médicos é da ordem de 800. Os novos médicos
representariam, então, mais de 37% do montante atual de profissionais do
estado. Além dos médicos que trabalham no sistema público, o Acre dispõe ainda
de 32 médicos que só trabalham na rede particular.
O
governador Tião Viana enalteceu também o salário de R$ 10 mil que será pago
pelo Ministério da Saúde para levar os médicos para os municípios isolados, que
são os que têm mais dificuldades para a fixação dos profissionais de medicina.
“Isso vai facilitar para que o Estado e os municípios entrem com apoio
complementar. Vai permitir levar profissionais aos locais onde ninguém quer ir.
Haverá o recurso de dispor de um profissional que possa vir de qualquer lugar e
tenha a habilitação para fazer parte do serviço público de saúde”, assinalou o
governador.
Para
o governador Tião Viana, a presidenta Dilma escreveu ontem uma nova página na
história da saúde pública do Brasil, ao assumir o compromisso, perante todo o
povo brasileiro, de colocar médicos onde têm poucos médicos. “Ou seja, mais
médicos, mais saúde, é o compromisso que ela [presidenta Dilma] está
assumindo”.
Mais de 10 mil vagas para novos
médicos
O
programa “Mais Médicos” foi criado por medida provisória assinada nesta segunda
pela presidenta Dilma Rousseff e regulamentada por portaria conjunta dos
ministérios da Educação e da Saúde. Para preencher as vagas, o governo vai
lançar editais para atração de médicos, para os municípios que desejam receber
os profissionais e para selecionar as instituições supervisoras.
Segundo
o Ministério da Saúde, a quantidade de vagas só será conhecida depois que os
municípios apresentarem suas demandas, mas o governo estima que o número chegue
a 10 mil. O edital para médicos estará aberto a profissionais formados no
Brasil e graduados no exterior, inclusive estrangeiros.
As
vagas, de acordo com o ministério, serão ocupadas prioritariamente por médicos
brasileiros, e os estrangeiros terão de comprovar conhecimento em língua
portuguesa e passar por um curso de especialização em atenção básica. Os
profissionais receberão bolsa federal de R$ 10 mil mensais, com jornada de 40
horas semanais. Também serão criados pelo programa federal 11.447 novas vagas
nos cursos de medicina do país.
O
Ministério da Saúde também informou que os médicos estrangeiros ficarão isentos
de participar do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida) e terão
apenas registro temporário, para trabalhar no Brasil por período máximo de três
anos e nos municípios para os quais forem designados. Os profissionais serão
supervisionados por médicos brasileiros.
Pelo
programa “Mais Médicos”, os municípios terão que oferecer moradia e alimentação
aos médicos, brasileiros ou estrangeiros, além de investir na construção,
reforma e ampliação de unidades básicas. A contratação de médicos integra o
pacote de medidas para a saúde, lançado pela presidenta Dilma Rousseff no fim
de junho em resposta às manifestações de ruas que pediam melhoria nos serviços
públicos do país. O Pacto pela Saúde do país também prevê investimentos de R$15,8
bilhões para construção e melhoria de hospitais, das Unidades de
Pronto-Atendimento (UPAs) e das unidades básicas de saúde.
Agência De Notícias Do Acre
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