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Duas mulheres foram presas por policiais civis da Divisão de
Investigações Criminais (DIC) acusadas de tráfico de drogas. As mulheres de 22
e 17anos, tentavam entrar em Rio Branco em um ônibus, procedente do Mato
Grosso, quando foram surpreendidas pelos investigadores da Delegacia de
Repressão a Entorpecente (DRE).
Maria Valdeniza Sales Martins, 22, anos, mulher do traficante Antônio
Ferreira Ribeiro (detento do presídio Francisco d’Oliveira Conde) foi presa em
um táxi, na hora em que ia receber a droga da adolescente, de 17 anos, natural
de Campo Grande/MT. A menor “mula” do tráfico, foi surpreendida dentro do
ônibus com a mala cheia de maconha.
As duas mulheres vinham sendo investigada pela inteligência da DRE, que
logrou êxito em tirar de circulação a droga e prender a dona do
entorpecente. Maria Valdenizia, segundo a investigação,
contratou os serviços da adolescente. Ambas foram autuadas pelo crime previsto
no artigo 33 da Lei 11343.
Maria Valdenizia foi encaminhada ao setor de carceragem feminina do
presídio Francisco d’Oliveira Conde e a menor internada para medidas
socioeducativas à disposição do juízo da Comarca competente. A adulta, se
condenada, pode pegar uma pena que varia de 5 a 15 anos de reclusão.
O delegado Alcino Junior, titular da DIC, disse que as prisões ocorreram
no início da manhã deste sábado e que a droga seria distribuída em “bocadas” na
cidade de Rio Branco. A autoridade policial ressaltou que tem sido prática
recorrente de traficantes usarem menores no transporte de droga, mas a Polícia
Civil esta vigilante para neutralizar as pretensões dos criminosos.
HERDEIROS DO TRÁFICO – Para o secretário da Polícia Civil delegado
Emylson Farias, a convivência de Maria Valdenizia com o crime, debaixo do mesmo
teto com Antônio Ferreira, é uma das principais explicações para a relação dela
com o tráfico de drogas. Ele chama a atenção para um ciclo em que o
envolvimento com o crime é transferido do marido para a companheira.
O secretário observa que a aproximação dos adolescentes com o tráfico de
drogas é uma realidade nacional. “Os traficantes precisam de quem faça a
revenda direta da droga, que é o que mais expõe. A maioria desses menores apreendidos
são cooptados por causa da 'mão de obra' barata.”
No Acre, o governo do Estado desenvolve uma série de políticas de
inclusão social o que permite um enfrentamento mais qualificado. “Entre os
exemplos consiste moradia, geração de novos empregos, cursos técnicos e,
igualmente importante o tratamento e apoio aos dependentes químicos”, destaca
Emylson Farias.
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