A Polícia
Federal deflagrou hoje (10/5) a Operação G-7, para desbaratar organização criminosa
e apurar o envolvimento do Secretário de Obras do Estado, do Secretário
Municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana de Rio Branco,
do ex-secretário de Estado da Habitação, de servidores públicos e de
empreiteiros.
Foram examinadas licitações executadas nos municípios acreanos de
Tarauacá, Manuel Urbano, Plácido de Castro, Vila Campinas e Acrelândia,
constatando-se que muitas das obras licitadas jamais chegaram a ser executadas.
Somente em seis contratos examinados, de um valor total de R$40 milhões,
estima-se que os cofres públicos sofreram um desfalque de cerca de R$4 milhões.
Durante as investigações, os policiais identificaram um processo
licitatório destinado à contratação de uma clínica de exames médicos para desviar
fraudulentamente recursos do Sistema Único de Saúde-SUS, do Governo Federal.
Ao todo 150 policiais de diversas localidades do país estão dando
cumprimento a 34 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos nos
municípios de Rio Branco e Tarauacá, e mandados de prisão em desfavor
do Secretário de Obras do Estado, do ex-secretário de
habitação, do ex-superintendente da Caixa Econômica Federal, do Diretor
do DEPASA (Departamento de Pavimentação e Saneamento e Abastecimento), do
Secretário Municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana de Rio Branco, do
Diretor de Análise Clinicas da Secretária Estadual de Saúde, do
Diretor Executivo da SEHAB (Secretaria de Habitação) e de outros servidores
públicos envolvidos no esquema criminoso.
As investigações foram iniciadas em 2011, e culminaram com a
identificação de um grupo de sete empresas do ramo de construção civil, que
atuavam em conjunto para fraudar licitações de obras públicas no
Estado. As empresas simulavam concorrer entre si, garantindo, assim,
que uma delas sempre vencesse a licitação. Os concorrentes que não integrassem
a organização criminosa eram eliminados ainda na fase da habilitação técnica,
primeira fase da licitação, em que a administração pública exige da empresa
comprovação de sua aptidão técnica para realizar o serviço.
Todos envolvidos na fraude deverão responder pelos crimes de
formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação
de quadrilha, fraude à licitação, e desvio de recursos públicos.
Será concedida entrevista coletiva hoje (10/5) às 9h30min, no
edifício sede da Superintendencia Regional da PF em Rio Branco.
O
nome da operação faz alusão ao grupo formado pelos ministros da fazenda das
sete nações mais industrializadas do mundo e que representam parcela
significativa da economia mundial.
Comunicação Social da PF no Acre
Tel 68-3212-1223/(61)9119-6633
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