sábado, 13 de abril de 2013

Moradores bloqueiam BR-364 após morte de criança picada por cobra

Moradores fecham BR-364 para chamar atenção do porder público (Foto: Genival Moura/G1)

A BR-364 foi interditada por trabalhadores rurais nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (12), a 50 quilômetros de Cruzeiro do Sul. As famílias dos agricultores que moram na Vila Santa Luzia, cobram do Governo do Estado mais investimentos em saúde, segurança, educação e ampliação de redes elétricas. O clima é de tensão no local, os moradores resistem aos pedidos da Polícia Militar para liberar a passagem de carros das secretarias do governo.

A comunidade ficou revoltada com a morte de um menino de 9 anos picado por uma cobra na semana passada. Segundo eles, a ausência de uma ambulância retardou o resgate da criança.

“Nós temos aqui, cerca de 15 mil moradores e queremos uma ambulância do Samu de forma permanente. A nossa unidade mista de saúde está abandonada. Não tem sequer água e alimentação para os servidores. A estrutura física também está comprometida, um dos pavilhões está caindo”, explica José Francisco Alves Campos, subprefeito da vila.

Às 11 horas desta sexta-feira, o congestionamento já era de quase dois quilômetros. Uma equipe de produtores do Domingão do Faustão, da Rede Globo, foi impedida de passar com alimentos que seriam doados para vítimas da enchente no Rio Liberdade, a cerca de 20 quilômetros depois do bloqueio. Os profissionais estão na região trabalhando na gravação para um dos quadros do programa.

Os manifestantes aguardavam a presença de representantes do governo para negociar. O assessor do governo do estado na Região do Juruá, Itamá de Sá, entende que o protesto tenha sido incentivado por vereadores que fazem oposição ao governo. Segundo ele, o governo se antecipou e se dispões a negociar, mesmo assim, a rodovia foi bloqueada.

“Era desnecessário, mesmo assim, nós já enviamos uma representante para conversar, se eles liberarem a BR-364 virá a secretária de Saúde e o comandante geral da Polícia Militar, para tratar sobre as reivindicações, mas do jeito que está não tem conversa. O governo não negocia com a faca no pescoço”, diz.

Genival Moura
Do G1 AC 

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