quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Seminário sobre viabilidade econômica do açaí reúne produtores em Feijó

O secretário de Produção, Lourival Marques Filho, coordenou, nesta segunda-feira, 28, seminário de sensibilização para produtores de Feijó. O evento reuniu cerca de 150 pessoas interessadas em plantar açaí. A atividade faz parte do Programa Açaí de Feijó, lançado pelo governador Tião Viana no início de seu mandato. Também foram entregues bônus aos produtores que participam do Programa de Certificação da Unidade Produtiva Familiar.
Cerca de 400 famílias de Feijó devem ser beneficiadas com programa, que também deverá contribuir para a recuperação de áreas degradadas (Foto: Assessoria Seaprof)

Cerca de 400 famílias de Feijó devem ser beneficiadas com o programa, que também deverá contribuir para a recuperação de áreas degradadas. Os recursos são oriundos do Fundo Constitucional do Norte (FNO) e do Banco da Amazônia e Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). O secretário de Produção explica que foi instalado um Centro de Produção de Mudas de Açaí no Polo Agroflorestal de Feijó, que já produziu 300 mil mudas do fruto do tipo açaí-solteiro (Euterpe precatoria). Também foi reforçado o trabalho de assistência técnica que vai orientar os produtores quanto ao manejo adequado da mudas de açaí.
Durante o seminário desta segunda-feira, 60 famílias produtoras receberam parcela do bônus do programa de Certificação da Unidade Produtiva Familiar (Foto: Assessoria Seaprof)

O tempo médio para as mudas começarem a produzir é de cerca de cinco anos. E a orientação técnica é para o consorciamento com frutíferas e mesmo culturas anuais. O produtor Jose Carlos Pinto do Nascimento participou do seminário porque tem interesse em plantar açaí. Sua propriedade está localizada no quilômetro 50 da BR-364, sentido Manoel Urbano. “Acredito que pode dar certo, até porque é uma área que já tem bastante açaí nativo. A gente até tira e vende, apesar de ser muito pouco. Então a gente sabe que pode render, né?”, disse.

Fenelon Santos de Oliveira, do seringal Santa Cruz, quilômetro 45 da BR-364, afirma que quem tiver açaí vai ganhar dinheiro. “Eu vou plantar porque tenho certeza de que tudo que a gente produzir tem resultado”, afirmou. Esse também é o pensamento do presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do município, Antônio Freitas. Ele afirma que essa também é uma iniciativa para garantia da segurança alimentar na região.
 Fenelon Santos de Oliveira, do seringal Santa Cruz, qulômetro 45 da BR 364 sentido Feijó Manuel Urbano afirma que quem tiver açai vai ganhar dinheiro. (Foto: Assessoria Seaprof)

O gerente da agência do Banco da Amazônia em Feijó, Eder de Souza Viana, anunciou que a instituição financeira tem R$ 18 milhões para o FNO e pelo menos R$ 6 milhões destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Ele indica a linha de crédito do Pronaf Floresta, que tem juros de 1% e limite de até R$ 25 mil. “O Banco da Amazônia é o principal indutor do desenvolvimento sustentável na região”, comentou.
O secretário de Produção Lourival Marques Filho coordenou, nesta segunda-feira, seminário de sensibilização para produtores do município Feijó. O evento reuniu cerca de  150 pessoas interessadas em plantar açaí. (Foto: Assessoria Seaprof)

“Temos uma meta de plantar dois mil hectares de mudas de açaí e beneficiar mais de 500 produtores rurais. Trouxemos aqui o presidente da Cooperacre, que acaba de fechar contrato com empresa no Peru para o fornecimento de cinco toneladas do produto mensalmente. Temos certeza da viabilidade econômica como alternativa de mais uma renda aos produtores familiares”, explicou Lourival Marques.

Famílias recebem créditos por práticas ambientais corretas

Durante o seminário desta segunda-feira, 60 famílias produtoras receberam parcela do bônus do programa de Certificação da Unidade Produtiva Familiar. Para se habilitar ao crédito as famílias se comprometem a atender alguns critérios ambientais e a desenvolver práticas de produção que não afetem o meio ambiente. O governo reconhece esse esforço e faz uma compensação ambiental, que é a remuneração pelo carbono que essas famílias deixam de emitir na atmosfera. Cada família recebeu um crédito no valor de R$ 250 a R$ 500. A cada ano elas receberão esse bônus, desde que continuem atendendo aos critérios do programa.

Terezinha Moreira (Assessoria Seaprof) 

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