O secretário de
Produção, Lourival Marques Filho, coordenou, nesta segunda-feira, 28, seminário
de sensibilização para produtores de Feijó. O evento reuniu cerca de 150
pessoas interessadas em plantar açaí. A atividade faz parte do Programa Açaí de
Feijó, lançado pelo governador Tião Viana no início de seu mandato. Também
foram entregues bônus aos produtores que participam do Programa de Certificação
da Unidade Produtiva Familiar.
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Cerca
de 400 famílias de Feijó devem ser beneficiadas com o programa, que também
deverá contribuir para a recuperação de áreas degradadas. Os recursos são
oriundos do Fundo Constitucional do Norte (FNO) e do Banco da Amazônia e Banco
Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). O secretário de
Produção explica que foi instalado um Centro de Produção de Mudas de Açaí no
Polo Agroflorestal de Feijó, que já produziu 300 mil mudas do fruto do tipo açaí-solteiro
(Euterpe precatoria). Também foi reforçado o trabalho de assistência
técnica que vai orientar os produtores quanto ao manejo adequado da mudas de
açaí.
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O tempo médio
para as mudas começarem a produzir é de cerca de cinco anos. E a
orientação técnica é para o consorciamento com frutíferas e mesmo culturas
anuais. O produtor Jose Carlos Pinto do Nascimento participou do seminário
porque tem interesse em plantar açaí. Sua propriedade está localizada no
quilômetro 50 da BR-364, sentido Manoel Urbano. “Acredito que pode dar certo,
até porque é uma área que já tem bastante açaí nativo. A gente até tira e
vende, apesar de ser muito pouco. Então a gente sabe que pode render, né?”,
disse.
Fenelon Santos de Oliveira, do seringal Santa Cruz,
quilômetro 45 da BR-364, afirma que quem tiver açaí vai ganhar dinheiro. “Eu
vou plantar porque tenho certeza de que tudo que a gente produzir tem
resultado”, afirmou. Esse também é o pensamento do presidente do Sindicato dos
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do município, Antônio Freitas. Ele afirma
que essa também é uma iniciativa para garantia da segurança alimentar na
região.
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O gerente da
agência do Banco da Amazônia em Feijó, Eder de Souza Viana, anunciou que a
instituição financeira tem R$ 18 milhões para o FNO e pelo menos R$ 6 milhões
destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf). Ele indica a linha de crédito do Pronaf Floresta, que tem juros de 1%
e limite de até R$ 25 mil. “O Banco da Amazônia é o principal indutor do desenvolvimento
sustentável na região”, comentou.
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“Temos uma meta
de plantar dois mil hectares de mudas de açaí e beneficiar mais de 500
produtores rurais. Trouxemos aqui o presidente da Cooperacre, que acaba de
fechar contrato com empresa no Peru para o fornecimento de cinco toneladas do
produto mensalmente. Temos certeza da viabilidade econômica como alternativa de
mais uma renda aos produtores familiares”, explicou Lourival Marques.
Famílias recebem créditos por
práticas ambientais corretas
Durante o seminário desta segunda-feira, 60
famílias produtoras receberam parcela do bônus do programa de Certificação da
Unidade Produtiva Familiar. Para se habilitar ao crédito as famílias se
comprometem a atender alguns critérios ambientais e a desenvolver práticas de
produção que não afetem o meio ambiente. O governo reconhece esse esforço e faz
uma compensação ambiental, que é a remuneração pelo carbono que essas famílias
deixam de emitir na atmosfera. Cada família recebeu um crédito no valor de R$ 250
a R$ 500. A cada ano elas receberão esse bônus, desde que continuem atendendo
aos critérios do programa.
Terezinha Moreira (Assessoria Seaprof)
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