sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Piloto do avião que caiu após decolagem no Aeroporto de Rio Branco fala sobre o acidente


O piloto do monomotor de prefixo PT- RIK que caiu na ultima sexta-feira, 12, no aeroporto de Rio Branco, falou com exclusividade a equipe do Portal O Acre sobre o acidente aéreo e da repercussão que alguns veículos de comunicação deram sofre o assunto.

 Wesley Oliveira procurou a nossa equipe de reportagem na tarde dessa terça-feira (15) para fazer alguns esclarecimentos sobre o acidente que aconteceu na cabeceira da pista do Aeroporto Internacional de Rio Branco, logo após a decolagem.

Inicialmente o piloto feijoense de 23 anos, informou que tem mais de 900 horas de voo, e que está legalizado e com as documentações em dias na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e que nunca foi vítima de nenhum acidente aéreo.

Ele informou que a aeronave transportava duas crianças (de colo) e cinco adultos (incluindo ele), num total de oito pessoas à bordo, o que segundo ele, não havia excesso de peso na aeronave.

“As operações foram normais. Fizemos o Check-in dos passageiros, pesamos suas    bagagens, providenciamos a documentação de voo e embarcamos. Porém, na decolagem após sair do solo, houve um grande estouro no motor, seguido de perca imediata de potência e muita vibração, o que resultou na perca de controle. Imediatamente fiz o procedimento de emergência de pane de motor, que é pouso em frente, mas, já não havia pista suficiente”, relatou.

Wesley explicou ainda que “devido muitas pedras na área depois da pista que seria a Stop Way, o avião chegou a Pilonar, que é o ato de encostar o eixo da hélice e o motor no chão”.
Depois das inúmeras versões que foram apresentados pela mídia local, Wesley enfatizou que a “aeronave é uma máquina, e que o avião sofreu pane durante a decolagem”, disse acrescentando que, “Tudo foi tão rápido que conseguimos fazer o pouso de emergência no momento do acidente o que resultou em poucas escoriações nos passageiros e sem vítimas fatais”.

Questionado sobre a manutenção, Wesley afirmou que a aeronave é particular e que uma empresa realiza a cada 50 horas de voo à manutenção exigida pela ANAC e pelos órgãos ligados a segurança de voo.

“Inclusive uma manutenção havia sido feita há pouco tempo da Inspeção Anual de Manutenção (IAM) que é um requisito obrigatório para os voos de aeronaves”, disse.

De acordo com o piloto, o laudo definitivo não tem previsão de ser concluído, mas o laudo preliminar deve sair nos próximos dias apontando algumas causas sobre do acidente.

 Wesley Oliveira que após o acidente precisou viajou para fora do Estado, salientou que o proprietário do avião prestou assistência ás vítimas no momento da queda e que trabalhou na ocasião como prestador de serviços.

Ele não soube dizer se naquele dia a aeronave estava à disposição de uma empresa aérea. Mas, que o dono do avião estaria levando estes passageiros apenas como um favor.

Visivelmente emocionando, o piloto agradeceu o apoio dos amigos e dos colegas de profissão.

“Esse dia marcou a minha vida, afinal, ninguém deseja morrer e ser previamente responsável pela morte de alguém. Agradeço a Deus em primeiro lugar pela oportunidade de continuar vivo e também ao apoio dos amigos e colegas de profissão que naquele momento difícil estiveram do meu lado”, finalizou Wesley.

Fonte: Portal o Acre

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