segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Jorge Viana diz que sustentabilidade é conceito e não etiqueta, em Congresso

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Palestrante do 35º  Congresso Nacional dos Jornalistas, realizado em Rio Branco, o engenheiro florestal e senador Jorge Viana (PT/AC), afirmou que a categoria precisa estar atenta à tentativa do comércio mundial, de “etiquetar” a sustentabilidade, para  esclarecer a população sobre o tema.  “Sustentabilidade é um conceito de vida, de produção, não uma etiqueta que ajuda a vender coisas. E a imprensa tem um papel importante nesse esclarecimento do que é essência e do que é falsidade ecológica”, alerta.
O senador lembrou o jornal O Varadouro, editado no Acre nas décadas de 70 e 80, trouxe um novo modo de fazer jornalismo na região, dando nova dimensão aos movimentos so-ciais e às demandas dos povos tradicionais como seringueiros e índios. “Onde há grandes movimentos, mudanças, lá está um jornalista. E agora essa revolução tem que ser no modo de vida das pessoas para que a sustentabilidade esteja na pauta diária”.
Para Jorge a imprensa precisa se apropriar e aprofundar mais no tema da sustentabilidade para compreender que um caminhão carregado com toras, nem sempre deve gerar matéria de denúncia  e pode significar menos devastação ambiental, quando o caminhão leva madeira retirada dentro das regras do  manejo da floresta, que objetiva sua conservação.    
O 35 Congresso Nacional de jornalistas, que acontece em Rio Branco desde a última quarta-feira, reúne profissionais de to do Brasil para debater o “Os desafios do jornalismo e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável”.
SOBRE POLÍTICA
Antes da palestra no Congresso de jornalistas, o senador petista falou sobre política. A grande preocupação dele é  com a possibilidade de redução do FPE - Fundo de Participação dos Estados, e FPM - Fundo  de Participação dos Municípios. Jorge explica que regiões como o Norte e o Nordeste vão ser as mais prejudicadas com essas reduções e propõe um movimento que envolva governadores, prefeitos e demais políticos da Amazônia, para chamar atenção para a igualdade regional prevista na Constituição do Brasil. “O Sul e o Sudeste não querem que a gente tenha Zona de Processamento de Exportação ou Zonas Livres. E agora há essa possibilidade de redução dos repasses. Então a bancada amazônica tem que estar atenta e esses assuntos mexem com todos nós”.

Por determinação do Superior Tribunal de Justiça - STJ, o Congresso tem que votar até o dia 31 de dezembro, a nova forma de distribuição dos repasses constitucionais.
Agazeta

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