segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Sindicato nacional bate o martelo e pede pelo fim da greve nas universidades




O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) pediu o encerramento da greve dos professores em todas as universidades federais até o dia 21 de setembro.

A informação foi repassada por nota na noite deste domingo, 16. A data é o prazo limite para os trabalhos serem retomados nas universidades. Os sindicatos estaduais serão informados da decisão a partir de hoje, 17, onde farão assembleias para decidirem a data certa para a volta aos postos de trabalho em cada estado.


Em assembleia na semana retrasada, os professores da Universidade Federal do Acre (Ufac) já tinham decidido encerrar o movimento com retorno das aulas nesta segunda, mas o Andes não concordou com a decisão e os planos foram abortados.


De acordo com a nota, o movimento será encerrado, mas os professores continuarão no enfrentamento dos ataques à educação pública federal que estão materializados no PL 4368/12. Eles lutam pela defesa da reestruturação da carreira e valorização, além da melhoria das condições de trabalho.


Semana passada, os professores iniciaram o calendário de reposição. Pelos planos do Ministério da Educação (MEC), as aulas devem prosseguir até o ano de 2013, porém pelos cálculos do pró-reitor de Graduação da Ufac, Renildo Moura, nem mesmo com um esforço concentrado será possível repor todas as aulas deste ano até abril de 2013.


A greve foi deflagrada no dia 17 de maio e chegou a ter a adesão de 57 das 59 universidades federais do país.


Negociação

Os professores saem da greve de quatro meses sem nenhum acordo firmado com o governo federal. O Ministério do Planejamento ofereceu várias propostas, mas nenhuma foi aceita pela categoria que pode deflagrar nova greve no próximo ano.


O Ministério do Planejamento ofereceu um reajuste entre 25% e 40%, divididos nos próximos três anos. Os índices são superiores ao oferecido à grande maioria dos demais servidores (15,8%).


O governo ainda atendeu pedido para redução do número de degraus para se chegar ao topo da carreira: os 17 níveis foram reduzidos a 13. O comando de greve disse que as propostas atendiam apenas um grupo de professores e não contemplava a todos.

Agazeta.Net

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