Católicos prometem recorrer à CNBB e à Justiça para impedir que celebrações se transformem em comícios

Os fieis da igreja Católica querem dar um basta nas participações de políticos nas celebrações e missas. Os católicos querem que o bispo Dom Joaquin não permita a participação de candidatos nos eventos oficiais da denominação religiosa.

Um grupo de fieis promete procurar o bispo da Diocese de Rio Branco, ainda esta semana, para pedir que pessoas ligadas à igreja Católica, que estejam disputando as eleições, renunciem a coordenação de encontros e as celebrações de missas.

O caso mais recente de defesa de um projeto político envolveu o padre Mássimo Lombardi, que saiu em defesa do governador Sebastião Viana (PT), numa briga política com o deputado estadual Major Rocha (PSDB).

Com os ânimos exaltados, eles prometem, inclusive, recorrer à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e à Justiça. Um dos líderes do movimento é Roberto Félix, que protesta pela aproximação de políticos que querem transformar a igreja em comitê eleitoral.

“As reclamações de pessoas que estão se sentindo pressionadas se multiplicam. Os fieis estão sendo ofendidos, durante as missas, celebrações e encontros. Muitas pessoas estão deixando de frequentar missas devido o pedido de votos feitos por candidatos que se dizem ser representantes da igreja”, diz Roberto Félix.

O religioso denuncia ainda, que um candidato estaria se apresentando como representante do bispo, forçando as pessoas a votarem nele. “Queremos apenas que nossas igrejas sejam respeitadas como templos onde as pessoas possam ir para rezar, agradecer a Deus”, enfatiza.

“Quem quiser fazer campanha que utilize os meios legais e não tente se beneficiar do fato de fazer parte de uma comunidade para pedir votos. Temos relatos de pessoas defenderem candidatos durante a leitura e interpretação da bíblia”, desabafa.

Félix disse ainda, que muitos fiéis estão revoltados com a postura dos candidatos. Ele revelou que existem casos de brigas entre candidatos e pessoas ligadas a eles, dentro das igrejas.

“Queremos evitar isso. Sabemos que nosso bispo é um homem preocupado com nossa igreja e que não concorda com esse tipo de coisa. Por isso, vamos pedir a Dom Joaquin, que expulse estes modernos vendilhões, de nossos templos”, destaca Félix.

Ray Melo,
da redação de ac24horas
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