segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Acidente aéreo da Rico completa 10 anos sem laudo conclusivo sobre a tragédia

Voo

Neste mês, a tragédia da Rico Linhas Áereas completa 10 anos. No dia 30 de agosto de 2002, por volta das 18 horas, a aeronave “Brasília”, prefixo PT WRQ, caiu próximo a cabeceira da pista do Aeroporto Internacional de Rio Branco. O acidente vitimou fatalmente 23 pessoas e deixou 8 sobreviventes. O avião havia decolado às 16h25min de Cruzeiro do Sul, a 650 quilômetros de Rio Branco. Ele fez uma escala em Tarauacá, a 330 quilômetros da capital. Chovia muito na noite do ocorrido.
Um inquérito policial foi instaurado em setembro de 2002 pelo Ministério Público Federal e encerrado em abril de 2010 para apurar a responsabilização penal dos possíveis responsáveis por falhas mecânicas ou pela suposta falta de combustível na aeronave que teria sido a causa do acidente.
Até hoje não se sabe ao certo o real motivo da queda do avião. O inquérito afirma que “O Departamento de Polícia Técnica da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre, através do Instituto de Criminalística, emitiu um laudo pericial em que, após periciar toda a área onde ocorreu o sinistro aéreo, limitou-se a reconhecer a impossibilidade de emitir parecer categórico acerca da causa que determinou o acidente”.
Controladores de voo, gerentes da empresa, sobreviventes e responsáveis pelo abastecimento da nave foram ouvidos. Os controladores afirmaram que “cerca de quinze minutos antes do acidente, a aeronave sinistrada fez o primeiro contato com o centro de controle de voo de Rio Branco/AC, ocasião em que informou ao piloto que as condições metereológicas favoreciam o pouso da aeronave. Por seu lado, o piloto não fez nenhuma menção de que houvesse qualquer problema no voo e tampouco informou que estivesse visualizando a pista para que fosse autorizado o pouso”.
A então gerente da Rico Linhas Aéreas declarou que “a aeronave sinistrada foi abastecida no município de Cruzeiro do Sul/AC antes de retornar para Rio Branco/AC”. Mas o supervisor da empresa de combustíveis negou “no dia do acidente, a aeronave “Brasília”, de prefixo PT WRQ, da empresa RICO TÁXI AÉREO LTDA, não foi abastecida em Cruzeiro do Sul/AC”. O agente de voo da empresa disse que a quantidade de combustível na aeronave “era mais que suficiente para chegar ao aeroporto de Porto Velho/RO, se essa tivesse sido a decisão do piloto”. 
Os sobreviventes afirmaram que “o voo transcorreu normal até o momento em que começou a chover muito forte. No entanto, nenhum aviso foi dado pela tripulação sobre a ocorrência de qualquer situação de perigo”.

Conforme o inquérito, o Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) descartou qualquer possibilidade de ter ocorrido qualquer falha mecânica, elétricas ou hidráulicas na aeronave. Também demonstrou que o acidente não teve como causa a falta de combustível.
EVELY DIAS - Jornal Agazeta

Nenhum comentário:

Postar um comentário