![]() |
Não é preciso me identificar, as imagens falarão por mim e mostrarão toda verdade. Aqui quem escreve é uma pessoa tomada pela dor. A dor de esperar que alguém faça alguma coisa.
A dor de ter visto nossos irmão morrendo sem podermos fazer nada. A dor de ver o tempo passar sem que ninguém faça nada para ajudar o hospital. A dor de ver nossos filhos, irmão e parentes nascendo em outra cidade,Tarauacá, porque não temos condições de cuidar para que eles possam nascer em sua terra natal. A dor de ver o nosso hospital totalmente desaparelhado, sem condições de salvar uma vida. A minha dor aumenta muito quando vejo a verdade jogada debaixo do tapete. Aqui,nesse hospital,tudo é triste,tudo é doloroso,tudo é sombrio,a morte está sempre rondando por perto. Mas, a maior de todas as dores é a de saber que podemos morrer na frente de um médico sem que nada possa fazer por falta de condições material.
O OUTRO LADO DA MESMA MOEDA – A FACE OCULTA DO HOSPITAL GERAL DE FEIJÓ EM DETALHES POR DOIS USUÁRIOS.
Quem leu as últimas notícias sobre o estado de abandono do único hospital que serve cerca de 40.000 brasileiros (feijoenses), isolados a mais de 360km da capital do Acre – Rio Branco, poderia até achar que era sensacionalismo veicular uma matéria sobre a falta de colheres em um hospital. Mas não era... o que estávamos a fazer era um sinal de alerta para as autoridades competentes em cobrar do executivo estadual uma ação imediata e emergencial para a situação caótica, desumana e que fere os conceitos de segurança em saúde pública.
Entra ano e sai ano e a vida continua numa boa. em 2011 fizemos um alerta a população sobre as péssimas condições do HGF, situação essa que já se alastra por vários anos. É difícil aceitar que uma população que fez a diferença nas urnas nas ultimas eleições seja tratada com tanta frieza e descaso, frente a questões tão banais, alimentadas pelo oposicionismo político.
Conheça um pouco da história do Hospital Geral de Feijó.
Fundado em 1983, quase 30 anos atrás, construído para atender uma população de 5000 habitantes, naquela época, ainda subsiste bravamente atendendo com suas precárias condições cerca de 8 (oito) vezes mais que a sua capacidade inicial.
O tempo passou, passaram também vários governantes, contudo, nem um e nem outro foram generosos com o HGF.
Muitas vidas já começaram, outras foram salvas e infelizmente algumas se perderam no interior dessas paredes envelhecidas. Contudo, apesar das dificuldades, a sua missão vem sendo cumprida, ainda que também, graça aos seus eternos heróis: Dr. José Luiz, Ir. Bi, Nilsinho, Dr Baba.
Também aos seus aguerridos servidores que fazem história: Zulquíria, Fedêgo, Dona Lisinha, Dona Delma, Flávio Braga, Zé Pequeno, Taveira, Zé da Farmácia, Dona Célia, Isomar, Selma, Dona Valda, e tantos outros.

Castigado por administrações desastrosas nas últimas décadas, o cenário que se vê é de pós-guerra, guerra contra a incompetência, contra a falta de amor, contra a falta de compromisso, contra o descaso.
Por toda unidade além de outros problemas que não pudemos comprovar por causa da restrição as fotografias, vemos portas que não trancam mais, paredes sem o devido revestimento.

Banheiros impróprios para o uso humano, principalmente em uma casa de SAÚDE, sem chuveiros, sem caixa de descargas.


Mas calma gente nem tudo é crítica, a atual administração está mostrando a que veio. Enquanto a operação tapa buracos nas ruas só começou, a daqui já está bem avançada.

Utiliza-se de tudo um pouco: lona preta, lençóis, às vezes não dão jeito.

Nas janelas, usa-se também compensado. Às vezes não. (Climatiza melhor o ambiente?).


Tem-se também um gramado verdinho nutrido com fertilizantes naturais de fabricação própria e espontânea: ( Esgoto hospitalar a céu aberto!).

Mas com tudo isso, se você não é feijoense e precisar de um leito, nós somos um povo acolhedor, não temos muito, mas o pouco que temos, dividimos. E fique tranqüilo que lençol é só pra quanto tem visita de fora!

Toneladas de equipamento hospitalar já sem uso encostada por falta de manutenção e desgastados pelo tempo.

Autoclave bastante antigo, já não oferece mais utilidade alguma.

Fonte: RÁDIO FMFEIJÓ.COM
Nenhum comentário:
Postar um comentário