segunda-feira, 2 de abril de 2012

EDUCAÇÃO NOTA ZERO


O menino de 13 anos, olhar triste e mãos calejadas da dura lida do roçado, nunca ouviu falar em computador, internet, videogame e jamais entrou em uma escola, nem sabe como é uma biblioteca. Morador de uma comunidade extrativista do Rio Liberdade localizada na zona rural de Cruzeiro do Sul, Raimundo Rodrigues vive em condições precárias. A localidade não possui energia elétrica nem escola pública e ali quase todos sequer desconfiam que educação é direito inalienável, obrigação do Estado.
O jovem, que por ser menor não deveria exercer atividades que a lei considera degradantes, nutre a utopia de um dia freqüentar uma sala de aula.
Com os ganhos de seu pai, Francisco Rodrigues, 53, que também é analfabeto, o menino, que utiliza espigas de milho e pedaços de madeira como brinquedos, crê um dia ajudar no sustento da família. “Meu pai conta que, quando eu nasci, tinha a esperança de ter dinheiro para pagar o transporte para me levar a escola que fica a três horas de barco do seringal Novo Acre, mas o tempo passou e ele nunca pôde pagar a gasolina do motor para eu fazer essa viagem”, diz Raimundo Rodrigues. Assim como Raimundo Rodrigues, a maioria das crianças de sua idade está privada de acesso a uma escola estadual nas comunidades do Rio Liberdade.
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