O marítimo João da Silva dos Santos, de 52 anos, residente em Manaus, teve morte imediata por volta das 16 horas deste domingo (15) quando a lancha que pilotava foi atingida violentamente por outra. O acidente foi, em local conhecido como Água Preta, entre os bairros Cruzeirinho e Lagoa, em Cruzeiro do Sul.
A proa da outra embarcação, pilotada por um homem conhecido como Lino, acertou o peito e rasgou o pescoço de João, que antes do choque conseguiu em uma manobra rápida livrar as duas crianças que estavam em companhia de Carliana Melo da Silva, de 23 anos.
A mulher, que reside nas margens do Rio Juruá, no Miritizal, teve uma perna fraturada e escoriações pelo corpo, mas não corre risco de morte. Lino fugiu do local e até a noite de domingo não havia ainda sido localizado pela polícia.
De acordo com testemunhas, havia um trânsito intenso de embarcações nesse domingo, principalmente na água preta, que desemboca da foz do Rio Moa e fica represada entre a cheia do Juruá e as palafitas do Bairro da Lagoa, local de pouca correnteza.
Populares disseram que João da Silva saía de uma curva, entre os arbustos da vegetação submersa, quando colidiu com a outra lancha.
Por causa da desordem e total falta de fiscalização da Capitania dos Portos e outros órgãos responsáveis pela navegação nos rios e no mar, alguns policiais que participaram da ocorrência chegaram a comentar que a colisão era já uma tragédia anunciada. E, sem fiscalização rigorosa, outras mais podem ocorrer no Juruá e no Rio Môa.
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