Pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) ao instituto Vox Populi, uma pesquisa de opinião revela que o senador Aníbal Diniz (PT) e o líder do governo na Aleac, Moisés Diniz (PCdoB), acertam em sugerir um novo referendo para o fuso horário do Acre. Nada menos que 76% da população acreana defende uma nova consulta popular sobre o tema. Essa margem se amplia para 79% entre os pesquisados que residem na capital.
O levantamento do Vox Populi foi feito com 4.300 pessoas da capital e do interior do Estado, entre os dias 3 e 13 deste mês. Desse total, 28% afirmam que o horário deve ser atrasado, conforme decidido no referendo do ano passado, mas sem interferência da campanha política. E defendem a realização de nova consulta sobre o tema. Outros 20% acham que os relógios devem ser atrasados, pois o tema já foi decidido.
Para outros 48% dos entrevistados, porém, não se deve atrasar o horário acreano, e ainda assim se fazer novo referendo, dessa vez sem interferência da campanha política.
Apenas 4% dos pesquisados não quiseram ou não souberam responder à pergunta formulada pelo Vox Populi.
Mais habituados
A pesquisa revela ainda que a maioria dos acreanos já se habituou ao novo horário. Em maio deste ano, 49% diziam que o horário atual é melhor que o antigo, e que já haviam se acostumado a ele. No levantamento atual esse número saltou para 54%.
Na proporção inversa, diminuiu o percentual de acreanos que diziam que o horário antigo era melhor. Em maio deste ano eram 48%, e agora eles somam 42%.
Quando a mesma questão é formulada aos moradores da capital, o nível de satisfação saltou para 56%, contra 53% do aferido em maio. E o índice dos que diziam que o horário antigo era melhor que o atual caiu para 39%, contra os 45% de maio.
Sintonia fina
Os números do instituto Vox Populi mostram que o senador Anibal Diniz (PT) e o deputado estadual Moisés Diniz estão em sintonia com os eleitores acreanos. Ambos sugeriram, na semana passada, depois que a presidente Dilma Rousseff vetou o projeto de lei que alterava o fuso horário do Acre, de 12 municípios do Pará e de seis cidades do sul do Amazonas, que a população desses três Estados fosse novamente consultada através de um plebiscito.
Ambos aprovaram o veto presidencial à mudança do horário porque o projeto de lei previa a mudança de horário nos três Estados quando apenas a população acreana fora consultada no referendo que aconteceu junto com as eleições de 2010.
Dados da pesquisa
Fonte: pagina 20
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