quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Comércio clandestino cresce em Tarauacá


Comércio clandestino de sapatos em frente ao Banco do Brasil

Às vezes é possível ficar com a impressão que em Tarauacá as autoridades estão cada vez mais alheias aos problemas da população. Basta sair de casa e dar um volta pelas ruas da cidade que se percebe logo esse descaso. 

Algo que me chama atenção é a falta de consideração, respeito e reconhecimento ao trabalho dos nossos comerciantes. São eles que abastecem a cidade de tudo que a gente precisa, geram empregos e renda para nossos jovens, pagam pesados impostos e são rigorosamente fiscalizados pelo poder público. São eles que se endividam em financiamentos públicos, buscam recursos em bancos, investem em belos prédios que embelezam a cidade e para oferecer maior comodidade aos consumidores tarauacaenses. 

Além do descaso das autoridades, há que se destacar também a falta de atitude da própria Associação Comercial e Industrial de Tarauacá, que não consegue representar com firmeza seus associados. 

Digo isso, para me referir ao comércio clandestino que a cada dia aumenta em nossa cidade e as autoridades do município e do estado além da negligência visível, muitos de seus integrantes ainda são os primeiros a se tornarem clientes dessa atividade irregular. 

Há de se considerar que às vezes os preços são mais acessíveis, por conta de seus responsáveis não pararem os impostos devidos sobre esses produtos vendidos à beira da rua, na carroceria de um carro qualquer, no quarto de um hotel ou na banquinha fixada em qualquer ponto da cidade. 

Sapatos, roupas, estivas, eletrônicos, verduras e outros produtos, são comercializados irregularmente em plena luz do dia em nossa cidade, numa concorrência desonesta e cruel com nossos comerciantes. 

O produto que você compra do comerciante clandestino pode tirar o emprego do seu filho no comércio regular. 

Acho que a Prefeitura e o Governo do Estado precisam atuar mais fortemente no combate a esse tipo de prática. Não estou sugerindo aqui uma caça aos pequenos, mas pelo menos uma “checada” nos espertalhões que chegam diariamente de outras cidades, se instalam em qualquer ponto, vendem seus produtos e vão embora sem pagar nenhum imposto aos cidadãos que aqui trabalham, como se nessa cidade não existissem leis. 

Os governos precisam desenvolver uma política de incentivo à regularização dos pequenos comércios de nossa cidade. Seria bom pra todo mundo. 

Quanto à associação Comercial que siga pelo menos o exemplo dado recentemente pela Associação dos Taxistas de nosso município. Os taxistas quando se sentiram ameaçados com a concorrência dos “pirangueiros”, foram aos meios de comunicação, ao Ministério Público e à Prefeitura exigir seus direitos. 

Quanto às autoridades, fica a sugestão para que saiam dessa hibernação de fingimento e cuidem de agir em defesa da nossa cidade.

Fonte: Blog do Accioly

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