O Ministério da
Saúde (MS) anunciou que, a partir de 2014, irá ofertar, para meninas de
10 e 13 anos de idade, a vacina contra o papilomavírus (HPV) usada na prevenção
do câncer de colo do útero. O anúncio foi feito na última quarta-feira, 18. As
pré-adolescentes receberão as duas primeiras doses necessárias à imunização, a
primeira, inicial, e a segunda, seis meses depois. A terceira dose deverá ser
aplicada cinco anos depois da primeira.
Com
a adoção do esquema estendido, como é chamado, será possível ampliar
a oferta da vacina, a partir de 2015, para as pré-adolescentes entre nove e 11
anos de idade, sem custo adicional. Assim, quatro faixas etárias serão
beneficiadas, possibilitando imunizar a população-alvo: 9 a 13 anos de idade.
É
a primeira vez que a população terá acesso gratuito a uma vacina que protege
contra câncer. A meta é vacinar 80% do público-alvo, que atualmente soma 3,3
milhões de pessoas em todo país.
De
acordo com o gerente da Divisão de Imunização e Rede de Frio da Secretaria de
Estado de Saúde (Sesacre), Ivan Galvão, o vírus HPV é responsável por 95% dos
casos de câncer de colo do útero. É o segundo tipo da doença que mais atinge
mulheres, atrás apenas do câncer de mama. “A expectativa é de vacinar,
aproximadamente, 37 mil pré-adolescentes, pois, além de prevenir contra câncer
de colo do útero, a vacina serve também para evitar o condiloma acuminado,
conhecido também como verruga genital”, explicou.
Segundo o
Congresso Brasileiro de Infectologia, uma em cada quatro brasileiras está
contaminada pelo HPV, ou seja, é grande o número de mulheres com o
papilomavírus – doença sexualmente transmissível de maior presença nas
estatísticas brasileiras.
Formas de transmissão do HPV
O
sexo não é a única forma de transmissão dessa doença, mas é a
principal. Ela também pode ser passada por roupas íntimas contaminadas,
instrumentos clínicos mal esterilizados e contato com a pele.
Encontrado
na pele e nas mucosas genitais de homens e mulheres, pode ser transmitido pelos
três tipos de sexo: vaginal, anal e oral. Seu diagnóstico é difícil, pois,
muitas vezes, o vírus permanece adormecido no corpo da pessoa e se manifesta
somente quando a imunidade está baixa.
Sintomas do HPV
A
infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem,
é mais comum no pênis e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais
comuns do HPV surgem na vagina, além de surgirem no ânus e no colo do
útero. As lesões do HPV também podem aparecer na boca e na garganta. Homem e
mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.
Tratamento
Existem
alguns exames específicos para procurar o vírus no corpo das pessoas. A
colposcopia, que examina a vagina; a peniscopia, que é feita no pênis; a vulvoscopia,
na vulva; e a anuscopia, que é realizada no ânus. O material é colhido e
analisado para que possa ser feito o diagnóstico.
O
tratamento do HPV pode ser feito através de diversos métodos, cada um com suas
limitações e com variados graus de eficácia e aceitabilidade por parte do
paciente. Estes métodos podem ser divididos em químicos, quimioterápicos,
imunoterápicos e cirúrgicos.
Marcelo Torres (Assessoria Sesacre), com informações do Ministério da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário