Quando assumir a
Prefeitura de Tarauacá, no dia 1º de janeiro de 2013, o jovem médico
ginecologista Rodrigo Damasceno (PT) terá o desafio de enfrentar um dos maiores
problemas do interior do Estado, a pobreza e o analfabetismo de boa parte de
sua população.
Damasceno representa um novo PT, mais enérgico e preocupado em
sanar problemas desafiadores como o desemprego e a falta de investimentos da
iniciativa privada na região.
“Devo a minha eleição à procura de uma nova forma de se fazer
política em Tarauacá, superando divergências por quais vinham passando os mais
velhos da política de lá”, diz Damasceno, em entrevista ao jornalista Alan
Rick, do programa Gazeta Entrevista, nesta sexta-feira, 12.
Detentor de um ofício extremamente precioso no interior do Estado,
o médico se popularizou com palestras sobre saúde – “foram mais de oitenta”, se
gaba -- com um programa de rádio e atendimentos médicos.
Somado a isso, ele põe a generosidade do Chagas Batista, o seu
vice, “de recuar e deixar que eu fosse o candidato”.
“Estou filiado há um ano e pouco ao PT, e embora tenha recebido
alguns convites de outros partidos, foi dentro do PT que me voltei para causas
sociais, tive penetração nas bases e me identifiquei com o Tião (Viana,
governador do Acre) e com o Jorge (Viana, ex-governador do Acre e senador da
República)”, diz o prefeito eleito.
Ele reconhece que o maior problema hoje em Tarauacá é o
desemprego.
“Temos mais de três mil famílias sem pelo menos um salário mínimo
e isso cria um bolsão de miséria. Temos o segundo pior IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) do -Estado e precisamos fornecer saneamento básico e
qualidade de renda”, afirma Rodrigo Damasceno.
São problemas desafiadores, na opinião dele, que precisam ser
combatidos. “Não podemos mais ter, por exemplo, um índice de 43% de analfabetos
em nossa população e de 16% de todo o Estado, mas para isso acabar, o que
queremos é uma gestão bem socializada com o Governo do Estado, como benefício
das emendas parlamentares dos deputados, inclusive com os da região, entre eles
o próprio Gladson Cameli”, ressalta.
Ele pontua que “temos que levantar a bandeira do município, não a
ideológica ou partidária agora”.
O processo de transição se inicia daqui a duas semanas, com uma
situação complicada. “O orçamento, por exemplo, é de R$ 40 milhões anuais que
se dissolve muito em gastos com pessoal, que está embutido na maior parte desse
montante”.
“Não vou
atribuir ou procurar culpados por termos problemas, mas sim procurar soluções.
Uma delas é incentivar o turismo. Hoje temos o maior festival indígena da
Amazônia, o Yawanawá, que ocorre agora no próximo dia 25 de outubro e que pode
gerar renda por meio do turismo. 30% da farinha de Cruzeiro do Sul tem valor
agregado desde Tarauacá, o Governo do Estado tem a intenção de montar uma
indústria de compensados, então é trabalhar para desenvolver o nosso
município”.
Damasceno relembrou que Tarauacá é conhecida por “terra de abacaxi
grande, de mulheres bonitas, de homens pequenos, porém de corações muito
grandes”.
“Essa é a nossa essência”.
Fonte: Agazeta.Net
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